Brasil reduz taxa de mortalidade infantil em 47%
Programas de saúde pública do Ministério da Saúde contribuem para os avanços revelados pelo Censo 2010
Os
dados do Censo 2010, divulgados nesta sexta-feira, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destaca que a mortalidade
infantil no Brasil reduziu praticamente pela metade (47%) na última
década. Em
2000, 29,7 a cada mil crianças nascidas vivas não completavam o
primeiro ano de vida. Em 2010, o índice reduziu para 15,6/1.000.
Os dados divulgados
hoje estavam dentro das expectativas do Ministério da Saúde e revelam
que o Brasil já alcançou os índices de redução definidos pelas metas dos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, acordo internacional, que
prevê uma taxa de mortalidade infantil de 15,7/1.000 nascidos vivos no
país, para 2015, além de reforçar a política social que vem sendo
conduzida pelo governo.
O
Ministério da Saúde tem investido fortemente em políticas públicas
voltadas para a família, à gestante e à criança. A Rede Cegonha,
conjunto de medidas que garantem assistência integral às grávidas e ao
bebê, criou em 2011, 348 leitos neonatais e requalificou mais 86.
A
rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional de Promoção da Alimentação
Complementar Saudável qualificam profissionais da Atenção Básica para
acompanhar e fortalecer ações de promoção, proteção e apoio do
aleitamento materno e da alimentação complementar.
A região Nordeste, que historicamente concentra os maiores índices, desta vez apresentou a maior redução, de 59%. Em 2000,44,7 crianças - a cada mil nascidas vivas - morriam antes de um ano. Atualmente, a taxa é de 18,5/1.000.
“Esta
significativa redução faz parte da expansão da Atenção Básica no país e
reflete ainda o compromisso do Ministério da Saúde para acelerar a
redução das desigualdades na região Nordeste e na Amazônia Legal dentro
do Pacto Pela Redução da Mortalidade Infantil, da ampliação da
Estratégia Saúde da Família (ESF) e de ações já preconizadas para a
melhoria da atenção integral a saúde das crianças”, afirma o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha.
ADOLESCÊNCIA – A
pesquisa do IBGE também traz dados sobre a fecundidade das brasileiras.
As famílias estão cada vez menores e as mulheres estão adiando a
maternidade. Uma boa notícia é a redução da taxa de adolescentes
gestantes. As mulheres entre 15 e 19 anos que se tornaram mães passou de
18,8% a 17,7%.
Criada
em 2007, a Política Nacional de Planejamento Familiar prevê a oferta de
métodos contraceptivos gratuitamente e a venda de anticoncepcionais na
rede Farmácia Popular, com redução de preços em até 90%, além da
ampliação do acesso vasectomias e laqueaduras. “Para muitas mulheres,
tornar-se mãe é um sonho. É importante que toda brasileira possa
escolher o momento para torná-lo realidade”, conclui Padilha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário