sexta-feira, 18 de maio de 2012

Política - Construtora Delta também teve sigilo bancário e fiscal quebrado



 Construtora Delta também teve sigilo bancário e fiscal quebrado.
Advogado de Cachoeira considerou decisão 'descabida'.

                  A 5ª Vara do Tribunal de Justiça do Distrito Federal bloqueou os bens do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, do ex-diretor da construtora Delta Claudio Abreu e de outras seis pessoas denunciadas por formação de quadrilha e tráfico de influência. Todos foram acusados de tentar fraudar licitação no DF. A Justiça também autorizou a quebra dos sigilos bancários e fiscal dos oito envolvidos e da Delta.

O advogado de Cachoeira considerou a decisão "descabida" - leia mais abaixo. O 
G1 não conseguiu ouvir a Delta até a última atualização desta reportagem.

          Na investigação do DF, o grupo ligado a Cachoeira foi acusado de tentar fraudar a licitação da bilhetagem eletrônica no transporte público do Distrito Federal. O ex-diretor da Delta Cláudio Abreu foi preso. Ele estava afastado do cargo na construtora desde a revelação de ligação com Cachoeira.A decisão judicial ocorre em processo judicial  decorrente da Operação Saint-Michel,  deflagrada em 25 de abril pelo Ministério Público e pela Polícia Civil do Distrito Federal. A operação foi um desdobramento da Operação Monte Carlo, na qual Cachoeira foi preso no fim de fevereiro e acusado de exploração de jogo ilegal.
 
A quebra de sigilo determinada pela Justiça do Distrito Federal abrange dados das contas correntes e declarações de Imposto de Renda dos investigados a partir de janeiro de 2009 até os dias atuais. No caso da Delta, a determinação de quebra de sigilo abrange contas da empresa em todo o país.
 
Decisão 'descabida', diz advogado
O advogado de Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos, considerou a decisão da Justiça como "descabida". "É uma decisão absolutamente descabida e ilegal. Eu tenho até dúvidas com relação à competência judicial [...] Não achei justa a decisão", afirmou o advogado ao 
G1.

Após a Operação Monte Carlo, o Ministério Público Federal enviou dados ao MP do DF para que fossem apurados os possíveis crimes em esfera local. Thomaz Bastos disse que, na segunda-feira (14), irá estudar com mais detalhes a decisão. O advogado afirmou que aguarda ainda para terça-feira o julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a respeito do pedido de revogação da prisão preventiva de Cachoeira.

Depoimento
Carlinhos Cachoeira é esperado na terça-feira (15) para prestar depoimento à CPI criada no Congresso para investigar as relações do bicheiro com empresários e políticos. Na sexta-feira, Thomaz Bastos entrou com um pedido no Supremo para adiar o depoimento. A decisão está nas mãos do ministro Celso de Mello.



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