quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mieo ambiente - Dilma e o Código Florestal

 Dilma e o Código Florestal

A presidente Dilma Rousseff fez 12 vetos e 32 modificações ao novo Código Florestal, informaram nesta sexta-feira (25) os ministros da Advocacia Geral da União (AGU), do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. Para compensar os cortes e adequar o texto aos propósitos do Planalto, será editada uma medida provisória com ajustes e acréscimos.
O objetivo dos cortes e mudanças no textoaprovado no Congresso, de acordo com o governo, é inviabilizar anistia a desmatadores, beneficiar o pequeno produtor e favorecer a preservação ambiental. Os vetos ainda serão analisados pelo Congresso, que tem a prerrogativa de derrubá-los. O artigos vetados serão detalhados junto com o envio da MP na segunda-feira 28.
.Código Florestal V3 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Motivos dos vetos
         Izabella Teixeira destacou que a insegurança jurídica e a inconstitucionalidade levaram aos 12 vetos. Ela falou que o objetivo foi também "não anistiar o desmatador, preservar os pequenos e responsabilizar todos pela recuperação ambiental". "O veto é parcial em respeito ao Congresso Nacional, à democracia e ao diálogo com a sociedade", completou.
"O Código não é dos ruralistas nem dos ambientalistas, é o código dos que têm bom senso", acrescentou o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro.
Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, "não vai haver anistia" com o novo Código Florestal.
"Estamos dizendo que não vai haver anistia para ninguém, todos terão que contribuir para a recomposição de áreas de preservação permanente que foram utilizadas ao longo dos anos, mas estamos dizendo que essa recomposição vai levar em consideração proporcionalmente o tamanho da propriedade. Estamos estabelecendo um princípio de justiça."
'Veta, Dilma'
         Desde que foi aprovado no Congresso, o novo código vem gerando polêmica entre ambientalistas e ruralistas. Movimentos organizados por entidades de proteção ambiental, como o “Veta, Dilma” e o “Veta tudo, Dilma” se espalharam pelas redes sociais.
Personalidades como Fernanda Torres e Wagner Moura também se mobilizaram. No início do mês, a atriz Camila Pitanga chegou a quebrar o protocolo em um evento em que era a mestre de cerimônias - e do qual Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participavam -, para pedir: “Veta, Dilma”.
O cartunista Maurício de Souza divulgou esta semana em seu Twitter um quadrinho em que aparece o personagem Chico Bento dizendo: “Veta tudim, dona Dirma”.

sábado, 26 de maio de 2012

Tecnologia - Eugene Polley, criador do controle remoto para TV, morre aos 96 anos


 
Eugene Polley, criador do controle remoto para TV, morre aos 96 anos
Engenheiro criou primeiro controle sem fio para aparelhos de TV.
Primeiro controle, lançado em 1955, era verde e se chamava Flash-Matic.

Eugene Polley, o criador do primeiro controle remoto sem fio para TV, morreu no último domingo (20) em um hospital em Chicago, nos Estados Unidos. De acordo com um porta-voz da Zenith Electronics, ele tinha 96 anos e morreu de causas naturais.

A invenção de Polley, que trabalhou como engenheiro na Zenith, começou como um luxo para poucos, mas se tornou uma necessidade ao ser introduzida aos mais diversos modelos de TV.

A primeira TV com controle remoto sem fio foi lançada pela Zenith em 1955. O controle era chamado de Flash-Matic, era verde e tinha o formato de uma arma. John Taylor, porta-voz da Zenith, disse que Polley era orgulhoso de sua invenção o final de sua vida.

Segundo Taylor, o engenheiro mostrava o Flash-Matic original para quem vinha visitá-lo em seu apartamento. “Ele já tinha uma TV de tela plana e um controle moderno, mas sempre manteve o Flash-Matic original com ele”, contou.

Polley e Robert Adler, outro engenheiro da área, ganharam um Emmy em 1997 por seu trabalho no pioneirismo dos controles de TV. Em seus 47 anos de carreira, Polley registrou 18 patentes nos EUA.

Artes - ‘Cabeça dinossauro’, dos Titãs, volta às lojas com canção inédita e acompanhado de disco demo



 ‘Cabeça dinossauro’, dos Titãs, volta às lojas com canção inédita e acompanhado de disco demo

RIO - Tony Bellotto errou duas vezes em relação a "Cabeça dinossauro". Uma em 1986, no lançamento do terceiro álbum dos Titãs, outra em 2012, quando a turnê para revisitar o repertório começou a ser debatida. Ele não imaginava que aquele trabalho conquistaria disco de ouro, milhares de fãs fiéis pelo Brasil e, muito menos, que voltaria a ser febre neste ano.

- Sempre gostei muito do disco, mas não acreditava no sucesso comercial, porque eram canções muito radicais e conceituais. Mas foi emblemático e o principal responsável por alavancar nossa carreira. E quando começamos a divulgar a turnê para revisitar o álbum, levei outro susto, porque virou uma febre, com ingressos esgotados - diz o guitarrista, presente na banda desde a formação original em 1982, ao GLOBO, lembrando que dia 9 de junho haverá repeteco do show que lotou o Circo Voador em maio. - Foi uma surpresa de novo. E pude confirmar que não entendo nada de marketing, lançamentos e logística comercial (risos).

E o fenômeno será relançado no dia 28 de maio pelo iTunes (por US$ 12,99, cerca de R$ 27) e chega às lojas dia 1º de junho, na forma de CD duplo (Warner), com o original e a demo apresentada para a gravadora, antes ainda da parceria com o produtor Liminha. O detalhe é a presença de uma faixa inédita "Vai pra rua", que foi dispensada na época e deu lugar a "Porrada".

O primeiro show dos Titãs foi dia 15 de outubro de 1982. No lançamento do "Cabeça dinossauro", quatro anos depois, a banda contava com sua formação mais clássica Sérgio Britto, Paulo Miklos, Tony Bellotto, Branco Mello, Charles Gavin, Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Nando Reis. Hoje permanecem apenas os quatro primeiros, com a saída de Arnaldo Antunes, Nando Reis (que partiram para carreira solo), Charles Gavin, que toca diversos projetos culturais, e Fromer, que morreu em 2001. A data sugere um reencontro?

- Dentro da comemoração pelos 30 anos, que inclui a turnê do "Cabeça", vamos fazer uma reunião com a formação antiga. Arnaldo (Antunes) e Charles (Gavin) já toparam. O Nando (Reis) ainda não confirmou. Mas vai ser só uma participação por um tempo determinado. Não existe nenhuma chance de a reunião ser definitiva - explica Bellotto, dando a deixa para o futuro: - Existe um projeto de relançarmos o "Jesus não tem dentes no país dos banguelas" (1987) e o "Acústico MTV" (1997), mas sempre com um material inédito, bastidores de ensaio...

Para Bellotto, além de reviver uma das melhores fases da carreira, essa turnê tem ainda um sentimento de nostalgia.

- Tenho lembrado muito daquela época. Já tínhamos quatro anos de carreira, era nosso terceiro disco e foi quando os shows passaram a lotar e as pessoas começaram a dizer que eram fãs. Durante os ensaios, eu percebi que o disco é realmente primoroso. É emocionante.
Além de ser ídolo de gerações, ele também é fã de música e tem o desejo de ver outros discos relançados com suas respectivas apresentações pelo país.

- No Brasil, eu gostaria de ver uma turnê do disco "Novos Baianos Futebol Clube" (dos Novos Baianos, de 1973). De internacional, seria incrível o relançamento do "Led Zepellin IV".

terça-feira, 22 de maio de 2012

Política - Segundo Jorge Hage, contribuinte tem direito de conhecer valores pagos


 

 

Segundo Jorge Hage, contribuinte tem direito de conhecer valores pagos.
Executivo definiu que vai divulgar; Judiciário e Legislativo discutem tema.


O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, defendeu nesta sexta-feira (18) a divulgação, em detalhes, dos salários dos servidores do Poder Executivo federal.

Ele questionou as reclamações de que a medida - prevista no decreto publicado na quinta-feira e que regulamenta a Lei de Acesso à Informação - viola a privacidade dos servidores.

"O entendimento da CGU, o entendimento da presidenta Dilma Rousseff, é de que isso não é informação da privacidade da pessoa, não é invasão da privacidade. É informação de interesse público, porque é pago com dinheiro público. Quem é que traz o dinheiro para os cofres públicos? Todos nós que pagamos impostos. Nós somos os seus patrões. Temos direito sim de saber quanto está sendo pago", afirmou após cerimônia de abertura da 1ª Conferência Nacional de sobre Transparência e Controle Social, realizada em Brasília.

O governo publicou um decreto na quinta no qual informa que os salários serão tornados públicos. Agora, os poderes Judiciário e Legislativo também discutem se farão o mesmo.
Quem não se conforma, vai reclamar no Judiciário."

Hage não vê problema na divulgação, por exemplo, dos nomes dos servidores e do detalhamento das remunerações. "Não há restrições quanto à divulgação do nome completo, da remuneração total. O decreto é bastante explícito em relação a isso", afirmou.

Para o ministro, as contestações à norma devem ser feitas na Justiça. "O Judiciário está aí, disponível, aberto para isso. Quem não se conforma, vai reclamar no Judiciário", afirmou.

A forma como será feita a publicação dos dados será definida em portaria do Ministério do Planejamento. Ainda não há data para a publicação da regra, mas, segundo o ministro, isso deverá ocorrer nas próximas semanas.

De acordo com Hage, somente os funcionários de empresas estatais que atuem em regimes de concorrência - a Caixa Econômica Federal, por exemplo - não estarão na abrangência da portaria do ministério. Nesses casos, valem as regras em vigor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mesmo que sejam empresas estatais sem capital aberto.

Hage preferiu não comentar a possibilidade já apontada por outros poderes de não divulgarem os salários dos servidores. Segundo ele, a lei prevê a autonomia na regulamentação.

domingo, 20 de maio de 2012

Artes - Governo anuncia investimento recorde em cinema e TV




 Governo anuncia investimento recorde em cinema e TV
Para elevar a competitividade do Brasil, governo investirá R$ 205 milhões.
Verba de 2012 é superior em 2,5 milhões à soma dos três anos anteriores.

O comitê gestor do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), do Governo Federal, anunciou no fim da manhã desta quarta-feira (16), na sede da Agência Nacional do Cinema (Ancine), no Centro do Rio de Janeiro, um investimento recorde no produção e distribuição de longas-metragens no cinema e séries de televisão do país: R$ 205 milhões — em 2011 a verba foi de apenas R$ 84 milhões. O valor é superior em R$ 2,5 milhões à soma do que foi investido nos três anos desde que o fundo entrou em operação, em 2008.

“O Brasil tem que se tornar competitivo. Tem um mercado interno muito grande que tem de ser usado com a produção brasileira”, disse a ministra Ana de Hollanda, um dos membros do comitê gestor, assim como Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine, também presente na mesa da entrevista coletiva em que foram divulgadas novidades no sistema de seleção de projetos.

A principal mudança é a de que agora será aplicado, em algumas linhas de financiamento, o sistema de fluxo contínuo, em vez dos tradicionais editais com uma única data fixa anual para candidatura. “Receberemos projetos o ano todo, faremos os exames individualmente e tomaremos a decisão projeto a projeto”, explicou Rangel, que pretende, com isso, alinhar os prazos do mercado com os do fundo.

Segundo ele, o tempo de resposta às candidaturas diminuirá nos casos de fluxo contínuo, com o máximo de três meses desde o cadastramento do projeto. A convocatória deste ano será iniciada na próxima segunda-feira (21), nos sites da Ancine, do Ministério da Cultura e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), novo parceiro do FSA.

Divisão de tarefas
O banco vai operar as linhas de investimento, enquanto o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), parceiro desde o início do fundo, passa a atuar apenas como agente financeiro central, com responsabilidade de contratar, coordenar e acompanhar os serviços de outras instituições públicas para a operação das linhas de ação.
O fundo trabalha hoje com quatro linhas de financiamento. A linha A, com a qual já foram financiados filmes como "Chico Chavier", "Xingu", "Heleno" e "Bruna Surfistinha", contempla a produção de longas, tanto no aporte inicial da produção, como na complementação do orçamento. No segundo caso, que se encaixa no sistema de fluxo contínuo, é necessário, para se inscrever, ter 40% do orçamento arrecadado e chegar a 100% com o investimento do FSA.

A linha B oferece recursos para a produção de obras seriadas e documentários para a televisão. Como exemplos, estão a animação "Meu amigãozão" e o programa "Minuto dos Esportes". A C é voltada para a aquisição de direitos de distribuição de longas, com o objetivo de fortalecer as distribuidoras independentes nacionais. "De pernas pro ar", "Cliada.com" e "O palhaço" estão entre os beneficiados.

A linha D foca nos investimentos em comercialização de longas independentes, para exibição nos cinemas, como ocorreu com o documentário "Onde a coruja dorme", entre outros. De acordo com Manoel Rangel, o FSA já recebeu 861 projetos nas três convocatórias realizadas até hoje, dos quais 214 foram selecionados para receber investimentos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Economia - Eurogrupo põe Grécia contra a parede nesta 2ª feira




Eurogrupo põe Grécia contra a parede nesta 2ª feira
Em Bruxelas, ministros das Finanças da zona do euro darão o seguinte ultimato a Atenas: ou cumpre reformas ou sai da união monetária
A Eurozona dará um ultimato à Grécia na reunião de ministros das Finanças (Eurogrupo) desta segunda-feira e pedirá ao país para que confirme o cumprimento de seu programa de ajustes ou aceite sua saída da União Monetária (UE).
Ainda nesta segunda-feira, mais cedo, o governo alemão exortou Atenas a cumprir os compromissos assumidos em sua agenda de reformas e nos prazos previstos, declarou um porta-voz do ministério das Finanças do país. "É o único caminho e o mais justo para a recuperação da Grécia", disse à imprensa. "Este programa é valido inclusive depois das eleições", acrescentou. O pleito do final do início deste mês levou a um caos político no país, já que, mesmo depois de uma semana, os partidos não foram capazes de formar um governo de coalizão.
Avanço duvidoso – O encontro de ministros acontece em um momento no qual diminuem as esperanças de avanço nas negociações entre os líderes dos principais partidos gregos para tentar alcançar um acordo de governo, aumentando assim a possibilidade da convocação de novas eleições em junho.
Nesta segunda, o líder do Dimar, um pequeno partido de esquerda grego, Fotis Kuvelis, pró-europeu, disse que formar um novo governo de unidade na Grécia será impossível. "Não poderá surgir nenhum governo de união", disse  Kuvelis, ao comentar a firme rejeição do partido da esquerda radical Syriza a participar de uma coalizão com social-democratas e conservadores – em referência ao Pasok e à Nova Democracia (ND), que acordaram os planos de austeridade com a União Europeia (UE).
Posição da CE – "Vemos o futuro da Grécia no euro e queremos que a Grécia permaneça no euro", afirmou a porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde, antes do início da reunião dos 17 ministros de Economia e Finanças do Eurogrupo. Pia, no entanto, também reforçou a advertência recente do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso: "Se um membro do clube não respeita as regras, o melhor é que saia do clube".
A Espanha, apesar de estar também no foco das preocupações europeias, disse à Grécia que "a permanência no euro implica em uma série de obrigações", conforme declarou o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo em sua chegada à reunião com seus sócios europeus em Bruxelas, em um encontro prévio à reunião de ministros das Finanças.
"O melhor que a Grécia poderia fazer por sua própria sobrevivência e pela sobrevivência da união monetária é formar um governo o quanto antes e confirmar o cumprimento das medidas de rigor necessárias para que o país continue recebendo ajuda", disse o chanceler espanhol, cujo país também está sujeito a duras medidas de ajuste acordadas com Bruxelas.
Madri na berlinda – A Espanha, por sua vez, também terá de dar explicações sobre sua reforma bancária e sobre a nacionalização parcial do Bankia – a maior união de caixa de poupança e o quarto maior banco do país. A nova reforma para sanear o setor, que obrigará as instituições financeiras a provisionar 30 bilhões de euros a mais em 2012, soma-se a medidas anteriores, introduzidas em fevereiro, que já impuseram 53,8 bilhões de euros em provisões aos bancos. As entidades bancárias espanholas carregam cerca de 184 bilhões de euros (238 bilhões de dólares) em ativos imobiliários de valor duvidoso, que representam 60% de sua carteira.
Essa preocupação reflete-se nos mercados, os quais se perguntam sobre a saúde da economia espanhola, em meio a uma série de dados ruins. Uma análise recente da Comissão Europeia estimou que a Espanha descumprirá não só sua meta de déficit de 5,3% para este ano, mas também a de 3% para 2013. Essas estimativas foram um balde de água fria para o governo conservador de Mariano Rajoy, que empreendeu medidas de austeridade para economizar 30 bilhões de euros, conforme acordado com seus sócios europeus.
Bruxelas decidirá em 30 de maio se estabelecerá mais medidas de ajuste a Madri, ou se, em vez disso, estenderá até 2014 o prazo exigido para cumprir com a meta de déficit de 3%. Contudo, dizem os analistas, é difícil imaginar mais medidas de austeridade em um país onde a própria CE prevê uma queda do PIB de 1,8% para este ano e um recuo de 0,3% para 2013, com o desemprego atingindo 25,1% da população economicamente ativa.



REFERENCIAS
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/eurogrupo-poe-grecia-contra-a-parede-nesta-2a-feira