Sofrimento
emocional, mesmo os casos menos graves, já aumenta risco de vida
Maior estudo já feito sobre essa relação mostrou
que problemas mentais leves são capazes de elevar chances de mortalidade por
diversas causas em um período de oito anos
O sofrimento
emocional, mesmo os casos menos graves, como níveis mais baixos de stress,
ansiedade, depressão e insegurança — sintomas que atingem uma em cada quatro
pessoas —, aumenta o risco de morte causada pela maioria das causas em um
período de oito anos. Essa é a conclusão de um extenso estudo publicado nesta
terça-feira no periódico British Medical Journal (BMJ). Ainda
de acordo com a pesquisa, a mortalidade decorrente de câncer é a única não
afetada por problemas psicológicos leves: apenas distúrbios mais intensos e
frequentes parecem interferir nesse risco.
CONHEÇA
A PESQUISA
Título original: Association between psychological distress and mortality: individual participant pooled analysis of 10 prospective cohort studies
Onde foi divulgada: periódico British Medical Journal (BMJ)
Quem fez: Tom Russ, Emmanuel Stamatakis, Mark Harmer, John Starr e outros
Instituição: Universidades de Londres e Edimburgo, Reino Unido
Dados de amostragem: 68.222 pessoas com mais de 35 anos
Resultado: Stress, ansiedade, depressão e outros problemas de ordem emocional, mesmo os menos intensos, aumentam risco de mortalidade por todas as causas — exceto por câncer — em um período de oito anos
Título original: Association between psychological distress and mortality: individual participant pooled analysis of 10 prospective cohort studies
Onde foi divulgada: periódico British Medical Journal (BMJ)
Quem fez: Tom Russ, Emmanuel Stamatakis, Mark Harmer, John Starr e outros
Instituição: Universidades de Londres e Edimburgo, Reino Unido
Dados de amostragem: 68.222 pessoas com mais de 35 anos
Resultado: Stress, ansiedade, depressão e outros problemas de ordem emocional, mesmo os menos intensos, aumentam risco de mortalidade por todas as causas — exceto por câncer — em um período de oito anos
Esse
estudo, desenvolvido nas universidades de Londres e de Edimburgo, na Grã
Bretanha, é o maior já feito sobre a relação entre problemas emocionais e
mortalidade. Os pesquisadores levaram em consideração dez outras pesquisas das
quais, ao todo, participaram 68.222 adultos com pelo menos 35 anos de idade que
não apresentavam doenças graves, como câncer ou problemas cardiovasculares.
Eles foram acompanhados ao longo de oito anos.
Os níveis
de sofrimento psicológico foram medidos com base em questionários respondidos
pelos participantes, que relataram intensidade e frequência com que sentiam
sintomas de ansiedade, depressão, problemas de relacionamento e falta de
confiança. Segundo os autores, a associação entre risco de morte e problemas
psicológicos foi semelhante mesmo após os resultados serem ajustados em relação
a outros fatores, como idade, sexo, tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo
e hábitos alimentares.
Para o
coordenador do trabalho, Tom Russ, esses resultados são preocupantes, já que,
segundo ele, como os sintomas de problemas emocionais leves costumam não ser
aparentes ou então ignorados pelos profissionais de saúde, os pacientes que
apresentam esses distúrbios acabam não recebendo tratamento adequado. Para o
pesquisador, esse estudo pode implicar em novas abordagens de terapia para
problemas emocionais menos graves a fim de reduzir o risco de mortalidade entre
indivíduos que apresentam esses distúrbios.
REFERENCIAS
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/sofrimento-emocional-mesmo-os-casos-menos-graves-ja-aumenta-risco-de-morte
Nenhum comentário:
Postar um comentário