sexta-feira, 23 de abril de 2010

Economia - crecimento de cartões de crédito no Brasil


ENTREVISTA - HSBC vê crescimento em cartões de crédito no Brasil
Por Noel Randewich

ACAPULCO, México, 23 de abril (Reuters) - O HSBC espera ampliar seus negócios com cartão de crédito no Brasil em 10 por cento este ano, apesar do inevitável aumento na inadimplência diante de esperado aumento de juros no país, disse nesta sexta-feira o presidente do banco para a América Latina, Emilson Alonso.

Na semana que vem, o Banco Central deve começar a elevar as taxas de juros para esfriar a recente aceleração econômica, impulsionada, em parte, pelos gastos do consumidor.

O HSBC, maior banco da Europa, vai absorver o inevitável impacto na inadimplência colocando mais recursos em cobrança. A instituição, porém, continuará a vender mais cartões de crédito, disse Alonso em entrevista à Reuters durante uma convenção em Acapulco.

"Nós precisamos estar preparados para isso", disse Alonso. "A inadimplência chega, você ajusta e então volta a trabalhar e emprestar."

Ele disse que o HSBC está concentrando vendas de cartão de crédito quase exclusivamente em atuais clientes com históricos sólidos.

As vendas no varejo do Brasil cresceram 12,3 por cento em fevereiro em relação ao mesmo período do ano anterior, ressaltando a importância do consumidor para a economia do país.

Em meio à alta demanda na Ásia por ativos brasileiros, Alonso disse que o HSBC está planejando lançar um fundo para investidores focado na América Latina.

"Nós esperamos lançá-lo por volta de julho. Nós estamos trabalhando nisso", disse ele. "São ações. Brasil, México, um pouco do Chile, Argentina, Peru."

No mês passado, o HSBC disse que revelaria em breve um fundo para comprar investimentos brasileiros, beneficiando-se do aumento na demanda por títulos de alto rendimento.

Para ajudar a incentivar os negócios entre Ásia e Brasil, recentemente o HSBC instalou executivos latino-americanos da instituição em seus escritórios na China e poderá elevar essa presença, disse Alonso.

No ano passado, a China se tornou o maior parceiro comercial da América do Sul, com o comércio bilateral atingindo 36,1 bilhões de dólares comparado a 35,9 bilhões de dólares do comércio com os Estados Unidos.

fonte: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/04/23/entrevista-hsbc-ve-crescimento-em-cartoes-de-credito-no-brasil.jhtm

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