Brasil perde força com ausência de Lula em Davos
Ministro das Relações Exteriores substituirá presidente e irá receber prêmio
Giselli Souza, do R7
Ministro Celso Amorim (centro) substituirá o presidente Lula em todos os eventos no terceiro dia do Fórum Mundial Econômico, em Davos, na Suíça
O discurso do Brasil no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, será menos emocional e carismático com a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo análise de três especialistas entrevistados pelo R7. Lula passou mal no começo da madrugada desta quinta-feira (28) a caminho do fórum, onde receberia o prêmio Estadista Global nesta sexta-feira (29).
No lugar dele, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, cumprirá toda a agenda do presidente prevista para esta sexta-feira (29), entre os quais, a entrega do prêmio. Lula havia adiantado que pegaria pesado e “jogaria na cara” dos ricos a crise no Haiti – palco do terremoto que matou mais de 100 mil pessoas.
Com a mudança, o discurso brasileiro deixa de ser um dos momentos mais aguardados do evento para se tornar uma mera formalidade. Mesmo com essa alteração, o Brasil continuará a discutir assuntos como a ajuda financeira ao Haiti e o comércio com países pobres, para os quais Lula defende uma maior participação na OMC (Organização Mundial do Comércio). Essa é a opinião de José Blanes Fala, professor de direito internacional e coordenador do curso de Relações Internacionais da Unesp (Universidade Estadual Paulista). - A figura do presidente é política, o que não ocorre com ele [Amorim] que não têm esse compromisso. No entanto, a questão comercial, que envolve a melhora da competitividade dos produtos dos países pobres frente aos ricos, deve ser explorada, mas sem aquele apelo de sensibilidade e carisma conhecidos do Lula.
A questão comercial à qual Blanes se refere está ligada à diminuição das taxas de importação dos produtos produzidos nos países de Terceiro Mundo, que sofrem com os altos impostos cobrados junto à OMC (Organização Mundial do Comércio). Em novembro do ano passado, o governo brasileiro anunciou que deixaria de cobrar tarifas sobre as exportações dos 30 países mais pobres do planeta. Com o fórum, a tendência de Lula seria reforçar o posicionamento para que outros países copiassem a medida.
Link: http://noticias.r7.com/economia/noticias/brasil-perde-forca-com-ausencia-de-lula-em-davos-20100128.html
Ministro das Relações Exteriores substituirá presidente e irá receber prêmio
Giselli Souza, do R7
Ministro Celso Amorim (centro) substituirá o presidente Lula em todos os eventos no terceiro dia do Fórum Mundial Econômico, em Davos, na Suíça
O discurso do Brasil no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, será menos emocional e carismático com a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo análise de três especialistas entrevistados pelo R7. Lula passou mal no começo da madrugada desta quinta-feira (28) a caminho do fórum, onde receberia o prêmio Estadista Global nesta sexta-feira (29).
No lugar dele, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, cumprirá toda a agenda do presidente prevista para esta sexta-feira (29), entre os quais, a entrega do prêmio. Lula havia adiantado que pegaria pesado e “jogaria na cara” dos ricos a crise no Haiti – palco do terremoto que matou mais de 100 mil pessoas.
Com a mudança, o discurso brasileiro deixa de ser um dos momentos mais aguardados do evento para se tornar uma mera formalidade. Mesmo com essa alteração, o Brasil continuará a discutir assuntos como a ajuda financeira ao Haiti e o comércio com países pobres, para os quais Lula defende uma maior participação na OMC (Organização Mundial do Comércio). Essa é a opinião de José Blanes Fala, professor de direito internacional e coordenador do curso de Relações Internacionais da Unesp (Universidade Estadual Paulista). - A figura do presidente é política, o que não ocorre com ele [Amorim] que não têm esse compromisso. No entanto, a questão comercial, que envolve a melhora da competitividade dos produtos dos países pobres frente aos ricos, deve ser explorada, mas sem aquele apelo de sensibilidade e carisma conhecidos do Lula.
A questão comercial à qual Blanes se refere está ligada à diminuição das taxas de importação dos produtos produzidos nos países de Terceiro Mundo, que sofrem com os altos impostos cobrados junto à OMC (Organização Mundial do Comércio). Em novembro do ano passado, o governo brasileiro anunciou que deixaria de cobrar tarifas sobre as exportações dos 30 países mais pobres do planeta. Com o fórum, a tendência de Lula seria reforçar o posicionamento para que outros países copiassem a medida.
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