Para cientistas, 'dieta da lanchonete' é uma 'bomba-relógio'.Ratos avaliados preferiram comer 'besteiras' a coisas saudáveis e nutritivas.
Uma
dieta que inclui alimentos ricos em açúcar, sal e gordura, frequente
nos países ocidentais e apelidada por cientistas de "dieta da
lanchonete", é uma "bomba-relógio" para acelerar problemas de saúde
como o acidente vascular cerebral (AVC), indica um novo estudo que deve
ser apresentado nesta segunda-feira (1º) no Congresso Canadense de AVC,
na cidade de Calgary.
Esses sinais
foram observados em ratos em apenas dois meses de dieta "pesada". Na
época do tabalho, quando os roedores começaram a ficar doentes, eles
tinham o equivalente a uma idade humana entre 16 e 22 anos.Segundo
os pesquisadores, esse tipo de alimentação desequilibrada, com alto
teor calórico, acaba levando a mortes precoces e a um maior risco de
sintomas da chamada síndrome metabólica – uma combinação de obesidade,
hipertensão e altos níveis de colesterol, triglicérides e glicose no
sangue.
Os
cientistas deram, às cobaias sedentárias, acesso ilimitado a alimentos
nutritivos e também a "besteiras", como biscoitos, cupcakes e salsichas.
Os animais também tiveram à disposição água e uma solução com 30% de
sacarose, que imitava refrigerantes e outras bebidas adoçadas. Assim
como os humanos, os bichos preferiram consumir as guloseimas.
Na
opinião do principal autor, Dale Corbett, da Fundação do Coração e AVC
do Canadá, em breve se deve começar a ver pessoas com 30 ou 40 anos
sofrendo derrame cerebral, por causa dessa dieta recheada de
"porcarias", ou "junk food".
O
pesquisador destaca a importância dos exercícios físicos regulares e
uma dieta equilibrada para prevenir a síndrome metabólica, mas diz que
ainda não se tem certeza se a doença pode ser revertida quando já está
instalada.
O
co-presidente do congresso Mark Bayley disse que a população mundial
não pode mais se dar ao luxo de fazer más escolhas nutricionais, pois
isso está causando muitas mortes. E as consequências para o homem devem
ser ainda piores do que para os animais testados – geralmente jovens e
saudáveis –, pois muitas pessoas que sofrem AVC já têm problemas de
saúde preexistentes.
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