segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Economia - Grécia planeja criar 'zonas econômicas especiais'




Grécia planeja criar 'zonas econômicas especiais'

Objetivo é atrair investimento privado e tirar economia da depressão.
Zonas ofereceriam aos investidores vantagens administrativas e tributárias.

A Grécia planeja estabelecer "zonas econômicas especiais" para atrair investimento privado e ajudar a tirar sua endividada economia da depressão, anunciou o governo do país nesta terça-feira (28).

As zonas ofereceriam aos investidores vantagens administrativas e tributárias. O governo grego já está mantendo negociações com a Comissão Europeia para obter seu aval a essa iniciativa, disse o ministro do Desenvolvimento, Costis Hatzidakis, em entrevista à imprensa.

"Nós acreditamos que essas zonas vão estimular a economia real por criarem um regime especial para atrair investimento e gerar exportações", disse Hatzidakis.

O anúncio ocorre num momento em que a Grécia se esforça para erguer sua frágil economia, agora no quinto ano consecutivo de recessão. Zonas econômicas especiais já foram adotadas antes por países em desenvolvimento, com destaque para a China, com o objetivo de estimular o crescimento.

Reformas estruturais, como cortes de salários, estão previstos no plano de resgate da União Europeia e Fundo Monetário Internacional para evitar um caótico calote e possível saída da zona do euro.

Mas o governo grego critica o plano dos credores, por ter excessivas medidas de austeridade e poucas destinadas à recuperação econômica.

Hatzidakis pediu que os parceiros da União Europeia aceitem o plano da Grécia de estabelecer as zonas especiais. "Já há objeções fora da Grécia porque isso (as zonas) daria ao país uma vantagem comparativa", afirmou.

No entanto, as zonas não permitiram aos investidores pagar salários especialmente baixos aos trabalhadores, disse Hatzidakis. "A atual legislação trabalhista será plenamente respeitada", afirmou.
A Grécia já reduziu o salário mínimo para encorajar a criação de mais empregos. Todavia, o desemprego se mantém em nível recorde elevado, tendo alcançado 23,1% em maio.


Nenhum comentário:

Postar um comentário