domingo, 15 de novembro de 2009

Esportes - Itália campeã

Japão se esforça, mas Itália leva a Copa dos Campeões e deixa o Brasil com o vice
Italianas vencem por 3 a 1 e garantem o caneco em Fukuoka, impedindo a seleção brasileira de aumentar para dez o número de títulos consecutivos

O Brasil “secou”, o Japão se esforçou, mas parou em suas limitações diante de uma experiente Itália. As atuais campeãs europeias derrotaram as donas da casa por 3 sets a 1 (32/30, 25/22, 24/26 e 25/18) e garantiram o título da Copa dos Campeões, em Fukuoka, impedindo o bi da seleção brasileira. Ouro nos Jogos de Pequim-2008, a equipe verde-amarela torcia para que as nipônicas vencessem por dois sets de diferença. Mais cedo, o time comandado por José Roberto Guimarães tinha passado pela Tailândia. Foi para o hotel e voltou ao ginásio para a premiação. Pela primeira vez desde as Olimpíadas, saiu de uma competição sem subir no lugar mais alto do pódio. Eram, até então, nove taças em nove torneios, seis delas neste ano.

A conquista italiana, de forma invicta, não foi uma surpresa. Antes mesmo de a competição começar, Zé Roberto fez a previsão. E o primeiro indício de que ele estava certo veio na penúltima rodada, quando seu time amargou uma derrota para as adversárias.

- Acho que a Itália é o melhor time do mundo no momento – sentenciou.

Zé Roberto, que, depois da vitória sobre a Tailândia, deixou a quadra sem esperanças, deve ter voltado a sonhar quando viu que as japonesas não facilitavam a vida de Piccinini e chegaram a ter o primeiro set nas mãos.

O saque forte em cima da italiana fazia com que a levantadora Lo Bianco tivesse que se desdobrar para armar as jogadas. Com isso, o bloqueio japonês aproveitava. No ataque, o destaque era Sakashita, de apenas 1,80m. Ela marcou sete dos 16 pontos da equipe até a segunda parada técnica, quando as japonesas venciam por 16 a 11.

As japonesas, no entanto, vacilavam em momentos críticos. Um erro de Saori na rede fez com que as italianas encostassem em 16 a 17. Piccinini empatou e virou em 18 a 17. Quando o Japão parecia que iria se desconcentrar, Yamaguchi comandou, e o time chegou a abrir três pontos (23 a 20). O primeiro set point veio depois de um erro de Piccinini. O jogo esquentou quando a levantadora reserva Tominaga sacou para fora, e a arbitragem deu bola boa, antes de voltar atrás. Foi o suficiente para o técnico italiano Stefano Sciascia perder o controle. A Itália salvou mais três e, depois, desperdiçou três chances seguidas de fechar. Yamaguchi pôs o Japão novamente à frente, mas o time mais uma vez titubeou. As italianas recuperaram a vantagem e, explorando o bloqueio, fecharam em 32 a 30.

A Itália voltou à quadra de ânimo renovado. Abriu 6 a 2 e foi para o tempo técnico com vantagem de três pontos (8 a 5). O Japão não se entregou. Empurrado pela torcida, Araki bloqueou Piccinini e empatou em 19. A estrela italiana desperdiçou o primeiro set point com uma bola na rede, mas não titubeou ao atacar pela esquerda e fechar em 25 a 22.

Nesse momento, a seleção brasileira chegou ao ginásio. Mas, agora, só uma combinação improvável daria a elas o título. Se o Japão conseguisse levar o jogo para o tie break, a decisão seria por saldo de pontos.

A Itália tentou "minimizar" o sofrimento das brasileiras no terceiro set, mas não conseguiu. Na primeira parada técnica, vencia por 8 a 6. Um ace de Shoji, porém, fez as japonesas voltarem ao jogo e, no lance seguinte, um erro italiano diminuiu a diferença para apenas um ponto (14 a 13). As donas da casa ultrapassaram as rivais depois de um erro de Piccinini (21 a 20) e chegaram ao set point. Tinham 24 a 22, mas deixaram que a Itália empatasse: um saque para fora e um ataque parado no bloqueio. Era hora de tentar mudar a história. E as japonesas conseguiram fechar o set com um bloqueio, mantendo vivas as esperanças do Brasil.
No quarto set, a torcida japonesa sacodia como nunca os "stick ballons". Dentro da quadra, a cada ponto, a comemoração era como se o jogo valesse título para o Japão. Foi assim quando o time abriu 12 a 8, em um bloqueio de Erika Araki sobre Piccinini. Assim como nos sets anteriores, o time japonês tropeçou em sua falta de experiência e permitiu que o italiano reagisse. Araki se viu três vezes bloqueada, e a Itália chegou ao match point. No último rali, a equipe europeia salvou duas bolas fora da quadra e fechou em 25 a 18.

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Volei/0,,MUL1379683-15080,00-JAPAO+SE+ESFORCA+MAS+ITALIA+LEVA+A+COPA+DOS+CAMPEOES+E+DEIXA+O+BRASIL+COM+O.html

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