terça-feira, 24 de novembro de 2009

Esportes - Brasil campeão no vôlei

Brasil cala a torcida japonesa e conquista, invicto, o tri da Copa dos Campeões

Seleção de Bernardinho derrota os donos da casa com facilidade, evita contas e fecha a temporada com três títulos em três campeonatos

Na terra dos aparatos tecnológicos, o Brasil dispensou a calculadora e chegou, invicto, ao resultado que tanto queria: o tricampeonato da Copa dos Campeões (1997 e 2005). A seleção masculina de vôlei precisava de uma vitória sobre os japoneses, donos da casa, para não ter que fazer contas. E, com grande atuação de Murilo e do capitão, Giba, calou o “caldeirão” do Nippongaishi Hall, em Nagoya: 3 sets a 0 (25/12, 26/24 e 25/22), fechando a temporada com três títulos em três torneios - também levou a Liga Mundial e o Sul-Americano. Uma conquista fácil, que deixou tranquilo até o sempre tenso técnico Bernardinho.

- O saldo foi positivo, temporada positiva, mas sem nenhum tipo de acomodação. Sem achar que chegamos a algum lugar - disse o treinador.

Se perdesse a partida desta segunda, o título seria decidido entre Brasil, Japão e Cuba, no point average. Na semana passada, na também japonesa Fukuoka, a seleção feminina, com a calculadora na mão, viu as italianas conquistarem a taça ao derrotarem as donas da casa. Ao time comandado por José Roberto Guimarães, restou o vice.

Bernardinho, como de costume, chegou ao Japão preocupado. A seleção tinha treinado apenas uma semana completa. O primeiro adversário foi Cuba, a perigosa equipe dos “mamutes”. Depois, ligou o sinal de alerta contra o Irã, que tinha em seu elenco seis atletas do Payakan, time que surpreendeu o Florianópolis de Bruninho no Mundial de Clubes. Contra a Polônia, segurou o saque flutuante dos rivais e fez sua melhor partida. No penúltimo desafio, vitória sobre os franco-atiradores egípcios. Em cinco jogos, apenas três sets perdidos: dois para Cuba e um para o Irã.

- Foi uma boa competição. Tivemos altos e baixos, como era de se esperar. Mas a equipe foi crescendo durante a competição.

Nesta segunda-feira, ainda faltava um jogo e, de preferência, mais uma vitória.

- O grupo esteve muito mais focado do que ontem. Nesses jogos decisivos, os jogadores mais experientes crescem e empurram os mais novos - contou o levantador Bruninho.

Antes de a partida começar, um torcedor japonês fez calar o ginásio com um discurso que mais parecia um grito de guerra: "Ganhando ou não a medalha, a seleção vai lutar até o final. É importante que a nossa torcida apoie, pois vai ser um jogo difícil contra o Brasil".

Era hora de pôr a bola em jogo, de pôr a bola no chão. Atração nas cidades japonesas, o gigante Leandro Vissotto usou bem seus 2,12m e liderou o bloqueio brasileiro no início do primeiro set. Com três pontos nesse fundamento, o país abriu 5 a 1, e o técnico japonês Tatsuya Ueta pediu tempo. Não adiantou. O time não pontuou, e o Brasil, com um ataque de Murilo, foi para o tempo técnico com 8 a 1. Tranquilo, Bernardinho até dispensou orientações naquele momento.

Os bloqueios continuaram fortes. Pior para Gottsuo, o atacante queridinho japonês. Da arquibancada, o fã-clube do jogador viu Giba cravar uma bola e abrir 21 a 8. Vissotto, em um ataque, deu à seleção o set point e foi substituído. Os japoneses salvaram um, mas deram o set em uma bola para fora.

Se, no primeiro set, o Japão entrou em quadra pressionado pela responsabilidade de jogar em casa, no segundo o time acordou. Mais solto, conseguiu manter o jogo equilibrado até o sétimo ponto. O décimo foi, de longe, o mais belo. No improviso, o líbero Serginho levantou para Giba, que voou para superar o bloqueio triplo e marcar 10 a 8. O capitão chegou a cair de joelhos no chão, mas, no saque seguinte, já estava firme e forte, e novamente pontuou em um ataque.

Antes do segundo tempo técnico obrigatório, o Brasil enfim conseguiu abrir quatro pontos – 16 a 12. E ampliou para cinco – 23 a 19. Os brasileiros chegaram ao set point, mas o Japão salvou. Gottsuo marcou três aces seguidos, empatando em 24. O barulho dos bastões infláveis, àquela altura, era ensurdecedor. Lucão recuperou a vantagem, e a seleção fechou em um erro japonês: 26 a 24.

Na volta à quadra, a seleção pecou na recepção. E Lucão continuava errando nos saques. Por outro lado, com Rodrigão na rede, tentava impedir os ataques japoneses. E Murilo aproveitou o bloqueio japonês para pôr o Brasil em vantagem na primeira parada técnica – 8 a 7. Giba, mais uma vez sobre o bloqueio triplo, levou a vantagem para três pontos - 10 a 7. E ela chegou a cinco antes do segundo tempo técnico - 16 a 11.

O Japão corria atrás; o Brasil, também. Serginho que o diga. Ao se esforçar para pegar uma bola, e não conseguir, riu e deu um alô para a mesa de arbitragem. Os japoneses encostaram em 22 a 21 em um momento de desconcentração da seleção brasileira. Rodrigão marcou o 23º ponto do Brasil – oitavo dele na partida. A torcida empurrou, e os japoneses pontuaram. Giba soltou o braço em uma bola na diagonal. E Rodrigão fechou o jogo com um bloqueio.

Não houve torcida ou bastão inflável barulhento a ponto de impedir que o mais alto grito se fizesse ouvir: o de tricampeão. Os japoneses só voltaram a se manifestar para rir com o famoso "peixinho", marca registrada nas comemorações da seleção verde-amarela.

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Volei/0,,MUL1388538-15080,00-BRASIL+CALA+A+TORCIDA+JAPONESA+E+CONQUISTA+INVICTO+O+TRI+DA+COPA+DOS+CAMPEO.html

sábado, 21 de novembro de 2009

Política - Caso Battisti

Lula pede a Cesare Battisti para encerrar greve de fome
STF autorizou a extradição do ex-ativista, mas palavra final será de Lula.
Presidente disse que vai consultar assessoria jurídica antes da decisão.
Da Agência Estado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu na sexta-feira (20) que o ex-ativista italiano Cesare Battisti, preso na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, ponha fim à greve de fome que vem fazendo há sete dias. "Isso não ajuda a ele, nós não estamos mais no momento de ficar recebendo esse tipo de pressão", afirmou Lula em entrevista às rádios Metrópole e Excelsior, na Bahia.

"Já disse para ele que pare com a greve de fome, porque eu já fiz greve de fome e sei que é um ato de desespero ou de ignorância, eu jamais faria outra vez."

Indagado sobre sua decisão quanto à extradição ou não de Battisti para a Itália, Lula respondeu que ainda precisa aguardar o envio dos autos do processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Esta não é uma decisão sobre a qual um presidente da República possa insinuar. Preciso analisar os autos com minha assessoria jurídica para, então, saber o que fazer, e fazer. Aí, todos conhecerão a minha decisão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Educação - o "branco" do vestibular

Como escapar do 'branco'
A psicóloga Sandra Calais, doutora em psicologia clínica da Unesp, do campus Bauru, diz que há uma explicação física para o famoso "deu branco". Segundo ela, o estresse provoca “embotamento intelectual”, ou seja, quando uma pessoa fica muito nervosa, libera hormônios que prejudicam a atividade cerebral.

Alimentar-se bem, preservar horas de sono, fazer atividade física constantemente, reservar um tempo no dia para escutar músicas tranquilas e treinar a respiração são algumas dicas para reduzir os efeitos do nervosismo no cérebro. “É recomendável diminuir a ingestão de alimentos que contenham estimulantes. Café, chocolate e refrigerantes são exemplos”, exemplifica.

Além da parte física, a emocional também conta muito. Se vier a enxurrada de pensamentos negativos perto da hora da prova, a psicóloga recomenda pensar que o vestibular é apenas uma etapa. “O estudante deve pensar que ainda tem a vida toda pela frente e que poderá tentar de novo”, avalia.

domingo, 15 de novembro de 2009

Esportes - Itália campeã

Japão se esforça, mas Itália leva a Copa dos Campeões e deixa o Brasil com o vice
Italianas vencem por 3 a 1 e garantem o caneco em Fukuoka, impedindo a seleção brasileira de aumentar para dez o número de títulos consecutivos

O Brasil “secou”, o Japão se esforçou, mas parou em suas limitações diante de uma experiente Itália. As atuais campeãs europeias derrotaram as donas da casa por 3 sets a 1 (32/30, 25/22, 24/26 e 25/18) e garantiram o título da Copa dos Campeões, em Fukuoka, impedindo o bi da seleção brasileira. Ouro nos Jogos de Pequim-2008, a equipe verde-amarela torcia para que as nipônicas vencessem por dois sets de diferença. Mais cedo, o time comandado por José Roberto Guimarães tinha passado pela Tailândia. Foi para o hotel e voltou ao ginásio para a premiação. Pela primeira vez desde as Olimpíadas, saiu de uma competição sem subir no lugar mais alto do pódio. Eram, até então, nove taças em nove torneios, seis delas neste ano.

A conquista italiana, de forma invicta, não foi uma surpresa. Antes mesmo de a competição começar, Zé Roberto fez a previsão. E o primeiro indício de que ele estava certo veio na penúltima rodada, quando seu time amargou uma derrota para as adversárias.

- Acho que a Itália é o melhor time do mundo no momento – sentenciou.

Zé Roberto, que, depois da vitória sobre a Tailândia, deixou a quadra sem esperanças, deve ter voltado a sonhar quando viu que as japonesas não facilitavam a vida de Piccinini e chegaram a ter o primeiro set nas mãos.

O saque forte em cima da italiana fazia com que a levantadora Lo Bianco tivesse que se desdobrar para armar as jogadas. Com isso, o bloqueio japonês aproveitava. No ataque, o destaque era Sakashita, de apenas 1,80m. Ela marcou sete dos 16 pontos da equipe até a segunda parada técnica, quando as japonesas venciam por 16 a 11.

As japonesas, no entanto, vacilavam em momentos críticos. Um erro de Saori na rede fez com que as italianas encostassem em 16 a 17. Piccinini empatou e virou em 18 a 17. Quando o Japão parecia que iria se desconcentrar, Yamaguchi comandou, e o time chegou a abrir três pontos (23 a 20). O primeiro set point veio depois de um erro de Piccinini. O jogo esquentou quando a levantadora reserva Tominaga sacou para fora, e a arbitragem deu bola boa, antes de voltar atrás. Foi o suficiente para o técnico italiano Stefano Sciascia perder o controle. A Itália salvou mais três e, depois, desperdiçou três chances seguidas de fechar. Yamaguchi pôs o Japão novamente à frente, mas o time mais uma vez titubeou. As italianas recuperaram a vantagem e, explorando o bloqueio, fecharam em 32 a 30.

A Itália voltou à quadra de ânimo renovado. Abriu 6 a 2 e foi para o tempo técnico com vantagem de três pontos (8 a 5). O Japão não se entregou. Empurrado pela torcida, Araki bloqueou Piccinini e empatou em 19. A estrela italiana desperdiçou o primeiro set point com uma bola na rede, mas não titubeou ao atacar pela esquerda e fechar em 25 a 22.

Nesse momento, a seleção brasileira chegou ao ginásio. Mas, agora, só uma combinação improvável daria a elas o título. Se o Japão conseguisse levar o jogo para o tie break, a decisão seria por saldo de pontos.

A Itália tentou "minimizar" o sofrimento das brasileiras no terceiro set, mas não conseguiu. Na primeira parada técnica, vencia por 8 a 6. Um ace de Shoji, porém, fez as japonesas voltarem ao jogo e, no lance seguinte, um erro italiano diminuiu a diferença para apenas um ponto (14 a 13). As donas da casa ultrapassaram as rivais depois de um erro de Piccinini (21 a 20) e chegaram ao set point. Tinham 24 a 22, mas deixaram que a Itália empatasse: um saque para fora e um ataque parado no bloqueio. Era hora de tentar mudar a história. E as japonesas conseguiram fechar o set com um bloqueio, mantendo vivas as esperanças do Brasil.
No quarto set, a torcida japonesa sacodia como nunca os "stick ballons". Dentro da quadra, a cada ponto, a comemoração era como se o jogo valesse título para o Japão. Foi assim quando o time abriu 12 a 8, em um bloqueio de Erika Araki sobre Piccinini. Assim como nos sets anteriores, o time japonês tropeçou em sua falta de experiência e permitiu que o italiano reagisse. Araki se viu três vezes bloqueada, e a Itália chegou ao match point. No último rali, a equipe europeia salvou duas bolas fora da quadra e fechou em 25 a 18.

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Volei/0,,MUL1379683-15080,00-JAPAO+SE+ESFORCA+MAS+ITALIA+LEVA+A+COPA+DOS+CAMPEOES+E+DEIXA+O+BRASIL+COM+O.html

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Geral - Apagão no Brasil

Estados atingidos pelo apagão estão em cinza.
Apagão foi provocado por raios, chuva e vento fortes, diz Lobão
Segundo ministro, problema ocorreu na estação de Itaberá, em São Paulo.
Blecaute afetou 18 estados entre a noite de terça e a manhã desta quarta.
Diego Abreu. Do G1, em Brasília

O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira (11) que o apagão que afetou 18 estados entre a noite de terça-feira (10) e a manhã desta quarta (11) foi conseqüência de raios, ventos e chuva na região de Itaberá, em São Paulo.

“Tanto o operador, como Furnas, como todos chegaram à conclusão de que o que aconteceu foram descargas atmosféricas, ventos e chuvas muito fortes na região de Itaberá, em São Paulo, o que provocou um curto circuito em três circuitos que levam as linhas de transmissão de Itaipu para Itaberá”, explicou.

“O próprio Instituto Nacional de Meteorologia nos informou que houve uma concentração muito grande desses fenômenos naquela região. O que aconteceu, segundo todas essas avaliações, foi exatamente isso”, acrescentou o ministro.

“Tanto o operador, como Furnas, como todos chegaram à conclusão de que o que aconteceu foram descargas atmosféricas, ventos e chuvas muito fortes na região de Itaberá, em São Paulo, o que provocou um curto cuircuito em três circuitos que levam as linhas de transmissão de Itaipu para Itaberá"

Antes do começo da entrevista coletiva na sede do Operador Nacional do Sistema (ONS), em Brasília, Lobão participou de reunião emergencial do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que durou mais de duas horas. O ministro preside o comitê, que também tem como membros representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do ONS, além de concessionárias do setor.

O ministro negou que faltem investimentos na área de energia. “Se há um governo que investiu na área é esse. Foram investidos cerca de R$ 22 bilhões apenas em linhas de transmissões e R$ 8 bilhões em transformadores”, detalhou.

“Nosso sistema é, portanto, considerado muito robusto e resistente, [mas] em certos momentos nem ele resiste. Porém, estamos tomando através de todos os órgãos, estamos constituindo comissões para verificar todas as questões e avaliar o que pode ser feito para o futuro”

Ele também defendeu o sistema de transmissão de energia no Brasil e anunciou que comissões serão constituídas para verificar o que pode ser feito para evitar novos curtos circuitos. “Nosso sistema é, portanto, considerado muito robusto e resistente, [mas] em certos momentos nem ele resiste. Porém, estamos tomando através de todos os órgãos, estamos constituindo comissões para verificar todas as questões e avaliar o que pode ser feito para o futuro”, disse.

"Houve um acidente, houve. Uma das máquinas perfeitas que o homem fez é o avião, mas o avião também cai", comparou. "O sistema suporta muito mais impacto do que em um passado recente. Não há nada mais avançado no mundo do que o que fazemos no Brasil. O contrário, muitos países copiam o que fazemos aqui", destacou.
Perguntado se esse foi o maior apagão da história brasileira, Lobão disse que não. Segundo ele, em 1999, houve um blecaute que atingiu 70% do país e, em 2002, um apagão que atingiu 60% do Brasil. A queda de energia que ocorreu ontem, segundo ele, atingiu cerca da metade da distribuição energética brasileira.

Edison Lobão explicou que para se evitar apagões é necessário investir no fortalecimento do sistema energético, o que, segundo ele, tem sido feito pelo governo. "Há o que fazer fortalecendo o sistema. O sistema está fortalecido. Nós temos três circuitos. Não um, nem dois, mas três. Caindo um, o sistema suportaria. Caindo dois, também suportaria, mas caíram três”, disse Lobão. “Esse foi um episódio que Deus queira que nunca volte a acontecer.”

O ministro apresentou dados comparativos do apagão brasileiro com outros ocorridos em países desenvolvidos. Segundo ele, em 2003, um apagão que atingiu o Leste dos Estados Unidos e Canadá atingiu mais de 50 milhões de pessoas por quatro dias. No mesmo ano, parte da Itália ficou 24 horas sem luz, disse.

Prejuízos
O diretor da Aneel, Nelson Hubner, afirmou que todos os brasileiros que tiveram equipamentos danificados por causa da queda brusca de energia têm o direito de pedir o ressarcimento juntos às operadoras de energia elétrica. Lobão acrescentou que a responsabilidade por eventuais reparações dos danos aos consumidores é da distribuidora.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Política - O Brasil e a redução de CO2


Meta é para países desenvolvidos’, diz Dilma sobre redução de CO2
Ministra diz que vai apresentar ‘compromisso voluntário’ em Copenhague.
Ela comentou crítica de governador sobre propostas federais.
Carolina Lauriano. Do G1, no Rio

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, reafirmou, nesta terça (10), que o Brasil não levará metas para a reunião de mudanças climáticas em Copenhague, na Dinamarca, marcada para dezembro.


“Não estamos falando em metas porque metas é para países do Anexo 1. Países em desenvolvimento não têm metas. O que nós temos é compromisso voluntário de redução, porque nós não somos iguais aos países desenvolvidos. Essa questão de emissão de gases do efeito estufa é cumulativa, não começou ontem, começou desde a Revolução Industrial. O que o Brasil faz é um gesto político que o legitima com uma ação comprometida com a sustentabilidade”, afirmou a ministra.

Na segunda-feira (9), o governador de São Paulo, José Serra, sancionou a chamada política estadual de mudanças climáticas. A meta é reduzir a emissão de gás carbônico (CO2 ) em 20% até 2020. Na ocasião, Serra sugeriu que o governo federal apresentasse ousadia nas propostas a serem levadas para Copenhague.

Nesta terça, em evento no Rio de Janeiro para anunciar a construção de casas populares do programa “Minha Casa, Minha Vida" no Rio, que vai licenciar mais de 46 mil moradias, Dilma comentou a crítica do governador:

“Vocês acham 24 milhões de toneladas de redução de CO2 muito significativo quando se trata de São Paulo e não consideram que a redução de 20% relativa ao desmatamento é significativa (a proposta do governo é reduzir em 80% o desmatamento, o que assegura redução de 20% das emissões de gás carbônico)”, disse a ministra, explicando que as 24 milhões de toneladas representam 10% dos 20% de redução do desmatamento, que equivale a cerca de 560 milhões de toneladas.
Na semana passada, o diretor-executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes, também defendeu que não é necessário o Brasil apresentar uma meta formal de redução de emissão de gases na reunião Copenhague.

Posição do governo
O governo decidiu que só divulgará o plano brasileiro de redução da emissão de CO2 no próximo dia 14. A proposta do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, é que o país reduza em 40% a emissão de CO2 até 2020.
Até o momento, integrantes do governo falam na redução do desmatamento da Amazônia em 80% até 2020, o que asseguraria a obtenção de metade da meta de 40% de redução da emissão de CO2.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Esportes - Vasco volta à Série A


Com muita festa no Maracanã, Vasco vence o Juventude e volta à Série A
Em tarde de recorde de público, o time carioca garante a vaga com quatro rodadas de antecipação após os gols de Adriano e Carlos Alberto

O Vascão voltou...o Vascão voltou... o Vascão voltou... o grito da torcida veio em uma mistura de alívio e desabafo neste sábado, no Maracanã. Em uma grande festa, mais de 80 mil cruzmaltinos comemoraram o retorno para a elite do futebol brasileiro em 2010 com quatro rodadas de antecipação com a vitória por 2 a 1 sobre o Juventude. Após a partida, os jogadores vibraram bastante no gramado e mostraram para a torcida duas faixas: "O sentimento nos trouxe de volta" e "Obrigado pelo amor infinito". No fim, houve até volta olímpica com o capitão Carlos Alberto carregando um enorme número 1 simbolizando a volta para a Primeira Divisão. (assista aos melhores lances e aos comentários de Luiz Carlos Júnior e Alex Escobar sobre a partida)

Após o apito final, a emoção tomou conta de todos. O diretor de futebol Rodrigo Caetano, que veio do Grêmio no início do ano, começou a chorar. Os jogadores se abraçavam. Ramon dava socos no ar, Carlos Alberto corria de um lado para o outro. O zagueiro Fernando também não segurava as lágrimas. Vários jogadores deixaram o campo e correram para o vestiário para buscar o presidente Roberto Dinamite, que também participou da festa.

- Os jogadores estão de parabéns. Eles que fizeram esse momento ser possível - disse o presidente vascaíno.

Com 70 pontos ganhos, o time carioca não pode ser mais alcançado pelo Figueirense, que está em quinto colocado, nas quatro rodadas finais. Com isso, o Vasco sacramenta o retorno à Série A na 34ª rodada, duas depois do Corinthians no ano passado.

Na próxima terça-feira, o Vasco enfrenta o Campinense, às 21h, em Campina Grande, e pode assegurar o título. Com isso, seria o nono clube do futebol brasileiro a ostentar títulos das Séries A e B. O Guarani, o Atlético-PR, o Palmeiras, o Grêmio, o Atlético-MG, o Coritiba e o Corinthians são os outros. O Juventude segue com 40 pontos e está perto da zona de rebaixamento. Na próxima terça-feira, o time gaúcho encara a Portuguesa, em casa.

Com 78.609 pagantes, os vascaínos quebraram o recorde de público do ano no futebol brasileiro superando os 78.409 do último Fla-Flu, no dia 4 de outubro, pelo Campeonato Brasileiro. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, assistiu a partida com uma camisa preta do Vasco com a frase 'o sentimento não pode parar' da tribuna de honra.

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Vasco/0,,MUL1370479-9877,00-COM+MUITA+FESTA+NO+MARACANA+VASCO+VENCE+O+JUVENTUDE+E+VOLTA+A+SERIE+A.html

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Concursos - Detran/SE



Edital do concurso do Detran/SE disponível
As inscrições via Internet abrem nessa terça-feira, 3, mas pelos Correios, só no próximo dia 7, ficando abertas até 13 de dezembro

O secretário de Estado da Administração, Jorge Alberto, assinou hoje, 30, o edital do concurso público do DETRAN. São 250 vagas para Assistente de Trânsito e 50 para Vistoriador de Trânsito. As inscrições vão de 3 de novembro (via Internet) a 13 de dezembro e a taxa custa R$ 48.

O concurso para preenchimento de vagas em caráter efetivo exige nível médio de escolaridade e será executado pela Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt – FUNCAB. A previsão é de mais de 30 mil inscritos. As provas serão realizadas em 17 de janeiro.

O salário para assistente de trânsito é de R$ 500 e o candidato precisa ter conhecimentos de informática. O vencimento para vistoriador de trânsito é de R$ 700 e exige conhecimentos de mecânica. As vagas oferecidas são para Aracaju, Carmópolis, Estância, Itabaiana, Lagarto, Nossa Senhora da Glória e Propriá.

“Esse é mais um concurso realizado pela SEAD através da Superintendência Geral de Recursos Humanos cumprindo com a determinação do governador Marcelo Deda em priorizar à admissão via concurso público na forma constitucional. Este é, sem dúvida, o governo que mais realizou concursos”, disse o secretário Jorge Alberto ao informar que nos últimos dois anos, foram criadas mais de 7 mil vagas.

As inscrições via Internet abrem nessa terça-feira, 3, mas pelos Correios, só no próximo dia 7, ficando abertas até 13 de dezembro. Segundo a presidente da comissão de organização do concurso, Maria do Carmo Marcondes, a previsão é a que mais de 30 mil pessoas se inscrevam. “É um concurso de nível médio, sem exigências de conhecimentos técnicos e isso acaba atraindo um número grande de candidatos”, falou. O edital está sendo publicado no Diário Oficial do Estado de hoje, 30, e já está nos seguintes endereços: http://www.sead.se.gov.br/ e http://www.funcab.org/

Política - Votação de reajuste para aposentados


Governo faz manobra e impede votação de reajuste para aposentados
Relator de MP que tranca a pauta pede prazo e impede votação.
Oposição protesta e Temer pede diálogo para resolver o impasse.
Eduardo Bresciani. Do G1, em Brasília

Uma manobra coordenada pela base do governo impediu nesta quarta-feira (4) a votação, na Câmara dos Deputados, de uma proposta que vincularia o reajuste de aposentadorias e pensões maiores do que o salário mínimo ao índice de reajuste do mínimo. Com o adiamento, não há mais previsão de data para a votação do projeto.

A manobra foi efetivada pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA). Ele é o relator da medida provisória 466, que trata de pequenas centrais hidrelétricas. Em uma manobra combinada da base aliada, o relator subiu ao plenário e pediu mais tempo para analisar a proposta. Ele destacou não ser o responsável pelo projeto dos aposentados e disse que até sua avó ligou para pedir a aprovação do reajuste.

Muitas vezes não é possível chegar ao ponto que desejam os postulantes, a democracia se faz pelo meio termo

Sem a votação da MP, que tranca a pauta da Casa, não é possível votar o projeto porque ele é de lei ordinária e não se enquadra nas exceções criadas pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).
Com a impossibilidade de votação nesta quarta-feira (4) não há outra data para votação. Na próxima semana devem entrar em pauta os quatro projetos que tratam do novo marco regulatório do pré-sal. A tendência é que a discussão do pré-sal consuma a pauta da Casa por pelo menos um mês.

É evidente que o relator estava a serviço do governo para pedir este prazo para impedir de votar este projeto que dá um aumento justo aos aposentados
O líder do PPS, Fernando Coruja (SC), foi um dos que mais protestou contra a manobra. “É evidente que o relator estava a serviço do governo para pedir este prazo para impedir de votar este projeto que dá um aumento justo aos aposentados”.

O presidente da Câmara, por sua vez, destacou ter cumprido o compromisso de colocar a matéria em pauta. Temer conclamou aos centenas de aposentados que lotam a galeria da Casa que procurem as lideranças da Câmara em busca de um acordo. “Muitas vezes não é possível chegar ao ponto que desejam os postulantes, a democracia se faz pelo meio termo”.

Os aposentados, durante toda a sessão, gritavam palavras de ordem como “vota”. Após a confirmação do adiamento eles cantaram o hino nacional.

‘Insustentável'
Nesta terça-feira (3), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu que o projeto não fosse votado pelo plenário da Câmara dos Deputados e classificou de "insustentável" a emenda à proposta que reajusta aposentadorias maiores ao índice do salário mínimo. Ele antecipou que o governo estava mobilizando sua base no Congresso para que o projeto não fosse votado no plenário da Casa.

“Nós inclusive estamos procurando, junto com as centrais sindicais e os líderes da base, uma proposta alternativa justamente porque não concordamos com a emenda que leva esse aumento para todos os aposentados. É uma emenda que é insustentável para o governo federal e os impactos que isso tem. Não é o momento para se aprovar um tema como esse. O Brasil está em um momento importante de superação da crise internacional, de recuperação das suas receitas”, argumentou.