sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Economia - Superávit da balança comercial soma US$ 370 milhões na última semana


Superávit da balança comercial soma US$ 370 milhões na última semana


Com isso, saldo parcial positivo deste mês sobe para US$ 1,72 bilhão.
No acumulado do ano, até 19 de fevereiro, superávit soma US$ 429 milhões.


O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou nesta quarta-feira (22) que a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 370 milhões na última semana, com exportações de US$ 4,7 bilhões e importações de US$ 4,33 bilhões.

Na parcial deste mês, até o dia 19, o saldo comercial positivo subiu para US$ 1,72 bilhão. No período, as exportações somaram US$ 12,39 bilhões e as compras do exterior totalizaram US$ 10,67 bilhões. Contra fevereiro do ano passado, as vendas externas avançaram 14% e as importações subiram 5,7%.

Exportações e importações no mês
Em fevereiro, na parcial até dia 19, as exportações de produtos manufaturados foram as que mais se destacaram, com crescimento de 24,1% sobre fevereiro do ano passado.

As principais vendas foram: plataforma de perfuração e exploração de petróleo, energia elétrica, óleos combustíveis, aviões, motores e geradores elétricos e partes de motores para veículos. No mesmo período, as exportações de semimanufaturados subiram 10,2% e as vendas de produtos básicos ao exterior avançaram 7,4%.

Do lado das importações, subiram as aquisições, também sobre fevereiro do ano passado, de equipamentos mecânicos (+25,4%), instrumentos de ótica e precisão (+24,7%), siderúrgicos (+21,6%), aparelhos eletroeletrônicos (+8,4%), plásticos e obras (+6,7%), farmacêuticos (+6,1%) e veículos automóveis e partes (+6,1%), entre outros.

Acumulado do ano 
Ainda segundo números do governo, o saldo positivo da balança comercial brasileira, na parcial deste ano, até 19 de fevereiro, somou US$ 429 milhões. Contra igual período do ano passado, quando o superávit totalizou US$ 1,95 bilhão, houve uma queda de 78%.

No acumulado deste ano, as exportações somaram US$ 28,53 bilhões, com média diária de US$ 815 milhoes, enquanto que as compras do exterior totalizaram US$ 28,1 bilhões (média de US$ 803 milhões por dia útil). Contra o mesmo período de 2011, as vendas externas subiram 3,7% e as importações avançaram 10%.

Resultado de 2011 fechado
Em todo o ano de 2011, o superávit da balança comercial brasileira somou US$ 29,79 bilhões. Com isso, o superávit da balança comercial registrou crescimento de 47,8% em relação ao ano de 2010, quando o saldo positivo totalizou US$ 20,15 bilhões. Trata-se, também, do maior superávit da balança comercial desde 2007 (US$ 40,03 bilhões). Em 2008 e 2009, respectivamente, o saldo comercial somou US$ 24,95 bilhões e US$ 25,27 bilhões.

Perspectivas para 2012
Para 2012, ano que ainda será marcado pelos efeitos da crise financeira internacional, com a previsão de crescimento do PIB em cerca de 3,3%, e pela concorrência acirrada pelos mercados que ainda registram crescimento econômico – como é o caso do Brasil –, os economistas dos bancos acreditam que o valor do superávit da balança comercial (exportações menos importações) registrará queda, atingindo US$ 19,5 bilhões.

O Banco Central, porém, está um pouco mais otimista. A autoridade monetária projeta um superávit da balança comercial de US$ 23 bilhões para este ano, com as exportações em US$ 267 bilhões e as compras do exterior em US$ 244 bilhões. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por sua vez, prevê um saldo comercial positivo de US$ 20,8 bilhões neste ano.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Tecnologia - Pesquisadores criam dispositivo que permite cegos congênitos transformarem som em visão

 

Pesquisadores criam dispositivo que permite cegos congênitos transformarem som em visão

Uma equipe de desenvolvedores israelenses estão desenvolvendo um dispositivo que permite pessoas com deficiência visual transformarem som em visão. O projeto é parcialmente inspirado na viseira utilizada pelo personagem Jordy LaForge, em Star Trek: The Next Generation.

O projeto está em desenvolvimento pela equipe liderada pelo Dr. Amir Amedi, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Para que o deficiente visual consiga enxergar pelo seu óculos, Amir usa o conceito do som que invade o córtex visual do paciente. Tal conceito foi descoberto há 20 anos, pelo pesquisador holandês Peter Meijer, que criou um algoritmo para traduzir a posição e a aparência de um objeto em diferentes sons. Meijer aplicou essa descoberta em um dispositivo chamado Sensory Substitution Device.

Com apenas um breve treinamento, os usuários podem aprender a interpretar a “paisagem sonora” de objetos, pessoas, e cenários. Na prática, o usuário poderá localizar com facilidade onde cada coisa está, vendo o seu formato e posição, e até mesmo ler as palavras escritas em um livro. O sistema funciona com pessoas que perderam a visão por causa de um acidente ou lesão, e também com aqueles que possuem a cegueira de forma congênita.

O Dr. Amedi lembra que pesquisas anteriores ajudaram a indicar a utilização do som como a melhor solução. A visão trabalha com duas vias paralelas: a primeira via é responsável pela identificação do objeto, mostrando a sua cor e o seu formato.

A segunda via, por sua vez, indica a localização do objeto, coordenando os dados visuais com a função motora da pessoa. Pesquisando os resultados do funcionamento do dispositivo do Dr. Meijer, Dr. Amedi descobriu que as duas vias seguem funcionando, mesmo quando a pessoa não possui a visão normal. A prova disso é que os deficientes visuais ativam essas características do cérebro quando estão lendo um texto em Braile.

Com isso, o grupo de pesquisadores conseguiram desenvolver um sistema complementar que estimulasse as funções visuais através do som captado pelas pessoas e objetos.

Link da fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2012/02/pesquisadores-criam-dispositivo-que-permite-cegos-congenitos-transformarem-som-em-visao.html

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Meio ambiente - Brasil é acusado de imperialismo por bancar hidros em vizinhos





Daniele Bragança
16 de Fevereiro de 2012


O “plano B” do governo federal para ampliar a oferta de energia no Brasil será a construção de hidrelétricas em países vizinhos. A informação, apurada pela Folha de S. Paulo na edição de terça-feira (14/02), diz que o principal projeto de integração no uso de usinas hidrelétricas para geração de energia será com o Peru, mas há estudos e projetos em andamento em outros países, a maioria na Região Amazônica, especificamente Peru, Bolívia, Colômbia, Guiana, Suriname e Venezuela). A ferramenta preferencial por trás desses planos é a capacidade de financiamento do BNDES.

acordo de integração energética entre Brasil e Peru foi assinado entre os dois países em maio de 2009. A escolha do Peru como parceiro não foi por acaso: o país responde por 14% do potencial hídrico da América Latina e tem baixa demanda interna por energia. O acordo binacional, que prevê a construção de seis usinas com capacidade de gerar 22 GW - quase duas Belo Monte – sofre resistência por lá devido aos impactos que pode causar sobre povos indígenas.

A hidrelétrica de Inambari, que deverá custar US$ 4 bilhões, foi 
cancelada em junho do ano passado até o governo peruano entrar em acordo com indígenas e populações tradicionais que seriam afetados. 
Fora da Amazônia, o governo brasileiro constrói junto com a Argentina uma usina binacional de 4,8 bilhões de dólares: aUsina Hidrelétrica Binacional Garabi, que deve ser erguida no rio Uruguai, fronteira entre Brasil e Argentina, com capacidade estimada em 2.000 megawatts. Na Bolívia, também se encontra em estudos a construção de outra binacional, a exemplo da Itaipu (maior usina do mundo), construída com o Paraguai.

Além disso, o custo da energia no exterior pode ser mais baixo do que no Brasil. Na Bolívia, o MWh da Usina de Cachuela Esperanza, ainda em estudo, sairia por US$ 58. No Brasil, caso fosse implantada uma usina com esta capacidade, o custo seria de US$ 77, segundo projeções da consultoria PSR, ouvida pela Folha.

Não é apenas por acordo de cooperação entre países que o Brasil amplia sua influência. As empresas brasileiras também expandem seus negócios em projetos de grandes obras, com ajuda de financiamento do BNDES.

A Eletrobras, por exemplo, pretende acrescentar 18 GW ao sistema com unidades no exterior até 2020. Essas usinas estarão interligadas por 10 mil quilômetros de cabos. Ainda segundo a reportagem da Folha, essas obras consumirão recursos de pelo menos R$ 58 bilhões. Esse montante poderá ser totalmente financiado pelo BNDES, desde que as empresas nacionais sejam as controladoras.

E é também por este motivo (dentre outros) que o Brasil é acusado de imperialista pelas organizações de direito civil dos países envolvidos. Um artigo do 
New York Times relata o aumento da influência do Brasil nos países vizinhos e a crescente resistência que essa posição desperta. O jornal americano dá destaque ao papel do BNDES "um colosso financeiro que torna nanicos os empréstimos do Banco Mundial e que se transformou no principal meio do Brasil projetar o seu poder através da América Latina e além dela”.

A Comissão de Povos, Meio Ambiente e Ecologia do Congresso peruano e ambientalistas fizeram pressão para rever o acordo energético assinado entre os dois países. Uma das acusações aponta que o Brasil se beneficia da geração de energia produzida no vizinho, sem ter que compartilhar o impacto ambiental. 

Em maio do ano passado, houve um 
fórum sobre o acordo energético Peru-Brasil e as implicações para o Peru. O vídeo“Decide informado decide consciente” (em espanhol), discutido durante o evento, fala dos efeitos do acordo energético e de seus impactos ambientais, como o desmatamento de um milhão e meio de hectares para a construção das cinco hidrelétricas previstas.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Esportes - Dirigentes vibram com goleada, mas Robinho e Ibra avisam: 'Não acabou'



 Dirigentes vibram com goleada, mas Robinho e Ibra avisam: 'Não acabou'

Destaques do massacre do Milan contra o Arsenal pedem que time não perca o foco no jogo de volta, enquanto Galliani vibra: 'Jogo foi perfeito'

Por GLOBOESPORTE.COM Milão 

O humilhante 4 a 0 imposto pelo Milan ao Arsenal no primeiro duelo entre as equipes pelas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, é claro, foi exaltada pelos rossoneri. No entanto, a postura após a partida é bem diferente se forem comparadas as declarações de dirigentes e dos jogadores. Enquanto Galliani e Berlusconi são só festa, Robinho e Ibrahimovic pedem cautela para evitar um tropeço no jogo de volta.
Em entrevista ao canal de televisão "RAI Sport" após a partida, o brasileiro, que marcou dois gols no jogo, festejou a atuação e o resultado, mas pediu seriedade na partida de Londres.

- Claro que estamos em uma boa situação, mas a pegada tem que ser a mesma no jogo de volta. Sabemos que temos qualidade para lutar pela Champions e pelo Italiano e vamos fazer de tudo para isso - afirmou o camisa 70.

Quem também manteve a cautela foi Ibrahimovic, grande nome da partida com duas assistências e um gol. Segundo ele, a noite da última quarta-feira em Milão foi, sim, inesquecível. Mas ainda há mais 90 minutos de jogo a serem disputados e ele ressalta a importância disso.

- Foi uma noite emocionante, porque jogamos brilhantemente e conseguimos um ótimo resultado. Você não ganha de 4 a 0 do Arsenal todo dia. Estamos felizes por levar este resultado para Londres, mas não acabou ainda. Temos que manter o foco  - disse ao site da Uefa.

Dirigentes vibram com "noite perfeita"
A euforia ficou por conta dos engravatados do Rossonero. Adriano Galliani, vice-presidente, nem parece considerar possível uma reviravolta no confronto. Do Arsenal, para ele, somente um dos jogadores se salvou: Van Persie.
 
- Foi uma noite perfeita! E ainda poderíamos ter feito mais gols... Sem falar que alguns jogadores acabaram de voltar de lesão e não estavam 100%. Pelo Arsenal, vi um grande nome em campo: Robin Van Persie. Assisto ao futebol inglês e o acho um jogador fantástico - comentou.

Silvio Berlusconi, mandachuva rossonero, frisou a quebra do tabu contra os ingleses.

- Você tem que se sentir confiante após uma vitória tão bonita. Jogar contra times ingleses não vinha sendo fácil para nós, mas esperamos acabar com este tabu e buscar o título agora.

A partida de volta entre Milan e Arsenal está marcada para o dia 6 de março, no Emirates Stadium.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-italiano/noticia/2012/02/dirigentes-vibram-com-goleada-mas-time-do-milan-avisa-nao-acabou.html